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A empatia como um instrumento de motivação pessoal e desenvolvimento integrado
Colunista

A empatia como um instrumento de motivação pessoal e desenvolvimento integrado

Na empatia encontramos o maior ativo psíquico, com um alcance sociológico significativo. Compõe um substrato dinâmico, numa via interacional; gerando respostas inovadoras. Na hierarquia de valores humanos e sociais, se afigura como um elemento de anseio permanente; face ás necessidades intrínsecas na vertente motivacional da construtividade humana.

A construtividade social, precisa estar sob o amparo de uma relação essencialmente empática. Todos os setores (laboral; profissional; político e os demais sistemas), necessitam desse valor indispensável. Não se pode prever uma sociedade saudável e integrada em todas as dimensões possíveis; com qualidade de vida psíquica e emocional, sem a inclusão da empatia na dinâmica relacional.

É arte da relação em que o "eu" se torna menos "eu" e o outro se torna, não um mero coadjuvante; mas um incluso no processo da conquista e da dinâmica construtiva.

A normalidade social, que visa uma predisposição positiva; necessita do incremento da empatia. Como tal, se espelhe nessa dinâmica uma relação sobrepujante, gerando respostas profícuas. Numa dimensão isenta de fragmentalismo social; manifesta-se a grandeza; que vai além de um mero aparato simbólico; muito mais do que isso, atinge o ser e abraça o renascer de um novo ciclo.

A profundidade da empatia, como um ato de nobreza pessoal, vai além de uma mera formalidade ou protocolo; se monta nesse paradigma valorativa; uma resposta de natureza psiquicamente construtiva e profunda. Não há construção social qualitativa, onde o egocentrismo reina como valor permanente. Um dos maiores princípios na relação humana é a empatia. Deve constar, que nenhum sistema, por mais orgânico que seja; conseguirá responder á demanda emocional e psíquica na ausência da empatia.

A sua prática ajuda o progresso, anula o egoísmo, recriando o acesso. Para tanto, em vez de formar barreiras; refaz a ponte, libertando o fluxo emocional; criando um sentido mais elevado de ser. Numa visão menos fechada, alcança o estranho; abraça o outro e restaura o sentido da auto-estima. Como tal, o próximo se torna mais próximo e o estranho se torna um amigo.

Na empatia, nós nos encontramos, vencendo a arrogância pessoal, apropriando-nos da autêntica liberdade de ser. Anula o círculo negativo, abrindo um novo caminho; num percurso harmónico. Um completo encontro connosco mesmo, sem rótulos, demarcado de suposições ou preconceitos. Uma resposta que marca e revoluciona a alma; alcança, chega perto e responde os anseios mais profundos do ser humano. Na empatia, se constrói uma sociedade diferente.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine