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O que seria do Sal se...
Ponto de Vista

O que seria do Sal se...

Solução é aguardar pelo dia 28 de maio e ver se teremos mais um novo Salimpa, e se os Deputados estão com o povo que juraram defender ou com os partidos. Sobre a postura da Câmara Municipal, prefiro ignorar. 

Será mesmo que os moradores apoiam o "novo acordo" ou apoiam "as suas casas", depois de uma longa batalha, vendo agora a oportunidade de ter casa própria?

Será que alguém os informou da importância de Pedra de Lume Para o Sal?

Será que alguém os informou que o Sal poderia ter o melhor sistema de saúde e de educação, se parte do dinheiro arrecadado, em Pedra de Lume, fosse investido na saúde e no ensino?

Quem recordou a um pescador ou ao familiar de um pescador, desaparecido no mar, ou que ficou perdido por horas ou dias, no mar, que o Sal poderia ter um bom sistema de busca e salvamento?

Quem informou que parte do dinheiro poderia ajudar os pescadores a terem melhor equipamentos de pesca e de segurança?

Quem informou o Pai ou a Mãe que não conseguiu enviar o filho para São Vicente ou Praia, para não falar em Portugal ou outros países, para continuar os seus estudos, que o dinheiro arrecadado em Pedra de Lume, poderia servir muito bem para a atribuição de bolsas de estudos?

E, o mais importante, o que será Pedra de Lume, Sal e Cabo Verde com esse acordo e tudo o que poderíamos ter feito com esse dinheiro daqui a cinco, 10 e 15 anos.

Como era Pedra de Lume em 1940, 1990, 2000 e, agora, em 2020?

Poderia estar aqui com muitos "será" e "quem", que acredito que não teríamos as respostas, e a falar de oportunidades perdidas pela ilha do Sal por causa de decisões políticas que vão sempre a favor de investidores.

Ninguém vai para Cabo Verde investir, por amor ou favor a Cabo Verde, mas sim porque viu oportunidades de ganhar dinheiro.

Os interesses do povo de Pedra de Lume não poderão ser superiores aos interesses do Sal e de Cabo Verde. Se não forem bem informados e esclarecidos, sobre os "será que podíamos ter isso ou aquilo" estaremos a perder uma grande oportunidade de colocar um ponto final nesse assunto que em nada beneficia Cabo Verde. Sem falar que o investidor não conseguiu construir nessa localidade, algo que fosse de grande importância, para a geração de empregos ou riqueza para a Ilha e seus residentes, não será agora com essa nova crise que os iremos alcançar, que ele irá construir algo nessa localidade para a melhoria de vida dos cabo-verdianos.

Solução é aguardar pelo dia 28 de maio e ver se teremos mais um novo Salimpa, e se os Deputados estão com o povo que juraram defender ou com os partidos. Sobre a postura da Câmara Municipal, prefiro ignorar.

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Redação