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Alex Saab vai ficar em residência de libaneses. PN reforça presença na Ilha do Sal.
Política

Alex Saab vai ficar em residência de libaneses. PN reforça presença na Ilha do Sal.

Um contingente do Corpo de Intervenção da Polícia Nacional deverá chegar nas próximas horas na ilha do Sal para dar reforço no âmbito do caso Alex Saab que deverá sair esta segunda-feira, 25, da cadeia de Terra Boa para cumprir prisão domiciliar numa residência privada, supostamente, pertencente ao representante de um famoso grupo libanês, em Espargos..

Sabe Santiago Magazine que os elementos que estão a caminho do Sal já estiveram em finais do ano passado (Novembro) na ilha do aeroporto, onde pelo menos 15 elementos da polícia permaneceram por cerca de 40 dias em trabalho para o emoresário colombiano e hoje embaixador pela Venezuela. Contam ainda fontes na PN que alguns dos agentes chamados de volta estavam, inclusive, de férias, mas que foram chamados após a decisão da justiça cabo-verdiana de colocar Alex Saab em prisão domiciliária.

Confidenciam fontes do Santiago Magazine que a equipa de Alex Saab, por seu turno, criou um núcleo duro de segurança pessoal, composto na sua maioria por ex-policiais, demitidos e reformados. Os elementos deste estão na cidade da Praia e também na ilha do Sal.

Consta que entre os elementos deste núcleo duro destacam-se alguns ex-agentes da Polícia Nacional (PN), que pertenciam à Brigada Anti-Crime (BAC) e que terão sido demitidos após estarem alegadamente envolvidos num caso de roubo de cocaína, nas instalações da mesma corporação, isso em 2011. Também, avançam fontes do Santiago Magazine, fazem parte do grupo agentes reformados da Unidade de Protecção de Altas Entidades da PN .

A 2 de Dezembro do ano passado. o TGribunal da CEDEAO decidiu pela libertação de Alex Saab que deveria então ser colocado em prisão domiciliária até à audiência final do dia 4 de Fevereiro que vem, em Abuja, Nigéria. Decisão essa que Cabo Verde não acatou, porque, conforme explicou o Procurador-Geral da República (PGR), Luís José Landim, o país não chegou a ratificar esses acordos judiciários, logo não era vinculativa a posição desse tribunal da região oeste africana. Entretanto, na semana passada, a PGR viria a promover a alteração de medida de coação, uma vez que se esgotou o prazo em que Alex Saab deveria permanecer detido provisoriamente.

Depois de libertado, Alex Saab será encaminhado, se para uma residência de luxo de um grupo comercial libanês, do mesmo país de origem de Alex Saab, entretanto, nascido em Barranquiulla, C,olômbia.
Ao que se sabe, os elementos do núcleo de Saab receberam ordens expressas para evitarem conflitos e até estarem no mesmo espaço com agentes do Corpo de Intervenção da PN.

Alex Saab, considerado um testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é acusado pela Justiça norte-americana que pede a sua extradição por alegada lavagem de capitais no montante de 350 milhões de dólares através do sistema financeiro dos Estados Unidos.

O Governo da Venezuela afirma que ele tem imunidade diplomática e que estava a serviço do país, enquanto a defesa também já recorreu à Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas e ao Tribunal da CEDEAO.

Todas as despesas de arrendamento, que se calcula em 600 contos mensais, ficarão a cargo dos EUA, país que exige a sua extradição. Até lá, é o Estado cabo-verdiano que deverá arcar com tudo e depois esperar pela devolução do dinheiro de Washington.

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