A maioria de condutores do interior da ilha de Santiago saiu em manifestação, desfilando pelas principais artérias da cidade da Praia e de Assomada, para exigir lotação completa de 15 lugares e redução de taxas.
Os condutores de hiace e de viaturas de caixa aberta que fazem o ercurso Praia-Assomada e aos demais municípios do interior de Santiago que se associam-se ao Sindicato Nacional de Condutores Profissionais (SINCOP), exigem a suspensão de cobranças de impostos, licenças, renovação de licenças e alvarás.
Das reivindicações, constam ainda concessão de benefícios de modo a promover inclusão social a todos condutores, suspensão de cobranças de senhas e crachás, melhoramento dos pisos de Sucupira (Praia) e normalização de lotação dos hiaces.
Em declarações à Inforpress, o porta-voz dos condutores, Edmilson de Jesus Borges, que labora na paragem Assomada-Praia/Praia-Assomada disse não entender o motivo de o Governo estar a aumentar as taxas se estão com lotação em falta, ou seja, nove lugares em vez de 15 como pagam para tal.
“O pouco que fazemos vai para a manutenção do próprio carro e para Estado. Os condutores e proprietários não estão a lucrar com o transporte de passageiros, mas apenas o Governo”, desabafou o hiacista que empunhava um cartaz com as reivindicações pedindo “lotação completa”.
Ladeado dos demais colegas que empunhavam cartazes com frases como “redução de taxas, e “basta de injúrias”, o motorista exigiu a “normalização de lotação nos transportes públicos de passageiros”, isto porque, sustentou, “neste momento, os autocarros já estão a circular com a lotação completa”.
É que, segundo ele, estando as pessoas a usar máscaras e álcool gel durante as trajectórias, não há razão para andarem com nove em vez de 15 lugares como outrora, até porque o risco ou não do contágio da covid-19 é a mesma.
Para hilux pedem pelo menos quatro passageiros de cada lado, em vez dos três de cada lado autorizados pelas autoridades.
“Queremos a nossa lotação de 15 lugares, porque na campanha está-se a fazer ajuntamento de pessoas sem distanciamento e sem uso de máscaras por parte dos militantes e dos próprios candidatos, e nós por causa de uma pessoa é-nos aplicado a multa, apreensão da carta de condução (inibição de condução por três meses) e até com cacete nas costas”, disse João Baptista da Veiga, condutor e proprietário de hiace.
Na ocasião, os condutores pediram união da classe para que possam atingir os seus objectivos com esta manifestação e lamentaram o facto de alguns colegas não terem aderido à mesma.
Os motoristas aproveitaram para avisar que se as suas reivindicações não forem atendidas e se não lhes for dada a autorização para a circularem com lotação completa (15 lugares), vão paralisar o trânsito por uma semana ou até por um mês ou então vão aumentar o preço do transporte.
No caso do percurso Assomada/Praia-Praia/Assomada prevê-se um aumento de 50 escudos, ou seja, passa de 250 para 300 e nos demais com aumento de entre 30 a 40 por cento (%).
Em Santa Catarina os taxistas não associarem à paralisação do trânsito e alguns condutores tentaram fazer frete, mas os colegas bloquearam as vias impedindo qualquer circulação.
Com Inforpress
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