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Autópsia. Júlio Herbert morreu de “enfarte agudo do miocárdio”
Sociedade

Autópsia. Júlio Herbert morreu de “enfarte agudo do miocárdio”

A autópsia realizada esta terça-feira ao corpo do ministro adjunto, Júlio Herbert, concluiu que a causa da morte resultou de um “enfarte agudo do miocárdio”, segundo um comunicado emitido esta terça-feira, 22, pelo Governo.

Um enfarte agudo do miocárdio, vulgarmente denominado ataque cardíaco, ocorre quando a circulação de sangue para uma parte do coração é interrompida, causando lesões no músculo cardíaco. O sintoma mais comum é dor no peito ou desconforto que se pode espalhar para o ombro, costas, pescoço ou maxilar. É comum ter início no lado esquerdo do peito e durar alguns minutos. O desconforto pode por vezes ser semelhante à azia. 

Júlio Herbert, recorde-se, foi encontrado morto no seu gabinete na segunda-feira à tarde, tendo o corpo sido transladado para a morgue do Hospital Dr. Agostinho Neto, na Praia, após concluídas as perícias médico-legais.

As cerimónias fúnebres acontecem esta quinta-feira, 24, a partir das 9h00 no Palácio do Governo, seguidas da missa de corpo presente na Paróquia Nossa Senhora da Graça terminando depois no cemitério da Várzea.

Júlio Herbert, que no próximo dia 16 de Novembro completaria 65 anos, exercia as funções de ministro adjunto do primeiro-ministro para a Integração Regional.

Na sequência da sua morte o Governo de Cabo Verde decretou dois dias de luto nacional, a partir de hoje, com a Bandeira Nacional içada a meia-haste em todos os edifícios públicos.

“Considerando o percurso do Júlio Herbert e os esforços consentidos no processo de afirmação política, económica, social e cultural de Cabo Verde, principalmente no nosso continente, entendemos, em expressão de justa homenagem, declarar esses dois dias de luto oficial”, lê-se na mensagem do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, divulgada esta terça-feria ao final da manhã.

“É com sentimento generalizado de pesar e comoção que o país recebeu a notícia do passamento do Dr. Júlio Herbert”, salienta o comunicado do Governo assinado pelo primeiro-ministro, destacando ter desempenhado “as suas funções com elevado sentido de Estado”.

Júlio Herbert era formado em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, de Brasília, e em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Tinha actualmente a categoria de embaixador, mas ao longo da sua carreira desempenhou várias outras funções, nomeadamente cônsul-geral adjunto de Cabo Verde em Boston, Estados Unidos da América, assessor político-diplomático da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), conselheiro do Presidente da República e conselheiro político e diplomático do primeiro-ministro. Filho de pais cabo-verdianos, Júlio Herbert nasceu em 16 de novembro de 1954 na Guiné-Bissau.

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Redação