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Ser o “Bom” Imigrante não o Salvará do Racismo: Uma Carta Aberta a minha Comunidade Cabo-Verdiana
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Ser o “Bom” Imigrante não o Salvará do Racismo: Uma Carta Aberta a minha Comunidade Cabo-Verdiana

O clima racial atual nos Estados Unidos criou efeitos dominó ao redor do mundo, inspirando outras comunidades Negras a tomar as ruas exigindo seus direitos como seres humanos, de existir e prosperar.

Também reascendeu debates dentro da comunidade Cabo-Verdiana sobre o nosso entendimento de identidade e de sermos “bons” imigrantes. Como professora universitária e cientista politica Cabo-verdiana baseada nos Estados Unidos, eu argumento que os imigrantes Cabo-Verdianos nos Estados Unidos têm uma responsabilidade como imigrantes Africanos (sim, nós somos Africanos) de aprender sobre a história Negra no contexto dos Estados Unidos, entender as lutas e responder em solidariedade com a comunidade Negra norte-americana, cuja história também é nossa. Se observarmos a população Cabo-Verdiana, cultura e constituição étnica bem como as afiliações políticas e econômicas, nós somos Africanos. Pensar que ser um “bom imigrante”, ou seja, trabalhar muito, não ir para a cadeia, ficar em silêncio sobre questões políticas e não exigir os nossos direitos como seres humanos, de alguma forma, nos protege de experimentar o racismo e outras formas de discriminação é ingênuo. Para alguns Cabo-Verdianos, ser de um tom de pele mais claro e ter cabelo encaracolado e bonito pode ter nos salvado em outros tempos, mas não o fará hoje. Na verdade, separar-nos da comunidade Negra norte-americana é pretensioso e é uma negação chocante da nossa rica identidade e história Africanas. No seu trabalho, a professora e historiadora Cabo-Verdiana Dra. Aminah Fernandes Pilgrim discute o quão entrelaçadas as identidades Cabo-Verdianas e afro-americanas são e a importância desse relacionamento nos direitos civis e movimentos independentistas nos Estados Unidos e em Cabo Verde. Ela diz, “se formos traçar uma cronologia da ideologia e da política de identidade do povo “negro” e da negritude, tal estimativa estaria incompleta sem o papel de Cabral e dos Cabo-Verdianos nos Estados Unidos, que contribuíram em cada guerra norte-americana desde a independência, cada luta nacional essencial tal como as do Movimento de Direitos Humanos, de 1950-1960, e para a cultura popular afro-americana (pense no recentemente falecido Horace Silver, considerado um dos maiores músicos de jazz). Para apreciar plenamente a história norte-americana Cabo-Verdiana, é necessário se envolver com a história Negra ou afro-americana, já que essa é a comunidade com a qual temos sido mais frequentemente associados (mesmo quando não escolhemos nos identificar de tal forma).” Podemos apontar para a história da discriminação enfrentada por Cabo-Verdianos nas mãos tanto de brancos como de Negros nos Estados Unidos, quando estabelecemos comunidades pela primeira vez nos finais dos anos 1800 e início dos anos 1900, bem como as experiências mais recentes para explicar porque muitos de nós decidiram ficar entre nós mesmos e não nos associarmos com outras comunidades. Contudo, eu argumento que é hora de tomarmos a liderança e seguir em frente em solidariedade com a comunidade Negra norte-americana.

Não vou argumentar se somos ou não Negros, Africanos ou Cabo-Verdianos neste ensaio, porque esse não é o meu objetivo neste ensaio. Podemos certamente ser todas essas identidades, já que elas não se anulam umas às outras. Há pesquisas publicadas que falam sobre a nossa identidade como Africanos e Negros. Eu incluí publicações no final deste artigo que falam sobre isso. No entanto, eu nos convido a nos questionar, “porque escolhemos uma identidade em vez de outra? Essa decisão é intencional? E, qual é a intenção por trás dessa decisão?”

Os meus objetivos aqui são: 1) desencadear conversas em torno das nossas experiências como imigrantes Africanos nos Estados Unidos e reconhecer como o racismo sistemático e a discriminação pode ter impactado as nossas vidas e 2) tratar das formas como temos nos distanciado informalmente e formalmente da comunidade Negra e da responsabilidade que nós, como uma comunidade Cabo-Verdiana, temos com relação à comunidade Negra norte-americana de aprender sobre a sua história e nos tornarmos melhores aliados e 3) nos equipar de melhores recursos em inglês e português para ajudar a fomentar o aprendizado e discussões nos nossos lares e comunidade.

O clima racial atual não se trata das nossas experiências individuais. Trata-se de compreender um sistema racista que foi colocado em prática para oprimir sistematicamente as famílias Negras e como ele prevalece ainda hoje. Não podemos mais nos dar ao luxo de nos esconder por trás da nossa identidade étnica aparentemente complexa, fronteiras linguísticas e longas horas de trabalho, como uma desculpa para não sermos melhores informados e melhores aliados. É hora de aceitar e celebrar a nossa identidade Negra e Africana e tudo o que ela implica. Podemos querer dizer que a resposta para todos os males da sociedade é amar e ser bondoso uns com os outros, mas isso é um tanto desdenhoso com as comunidades de cor que têm experimentado o racismo e a discriminação institucional. Então, a resposta pode ser amor e bondade, mas não há absolutamente nada de errado em também exigir mudanças drásticas nas instituições norte-americanas para garantir que a todas as pessoas seja concedido acesso a direitos iguais. Semelhantemente, quando fazemos comentários como “Eu não vejo cor” e “Eu amo todas as pessoas, independente da cor”, estamos a desconsiderar a identidade única de cada pessoa e negando o fato de que algumas comunidades enfrentam racismo e discriminação.

Os meus pontos de vista sobre o que significava ser Negro no mundo foram baseados do que me foi oferecido e não no que eu tomei a responsabilidade de aprender por mim mesma. Crescendo em Cabo Verde, Hollywood me informava que, com exceção de Michael Jackson, Eddy Murphy, Whitney Houston e Diana Ross, as pessoas Negras nos Estados Unidos eram pobres e perigosas. Por causa do seu passado colonial e língua compartilhados, as novelas brasileiras ocupavam a maioria das televisões em Cabo Verde. As novelas também representavam pessoas Negras como escravos e trabalhadores domésticos. No entanto, mantenha em mente que a mesma mídia dominada por brancos que eu descrevi acima ofereceu às pessoas Negras nos Estados Unidos e a pessoas de todo o mundo imagens estereotípicas e narrativas de Africanos como “booty scratchers”[1], e “famintos, esfomeados e descalços.” Alguns de nós pode ter se ofendido por esses comentários vindo de todos, incluindo de norte-americanos Negros. Sob essa luz, pode não ser produtivo se envolver numa “olimpíada da opressão”, que seria argumentar quem foi mais ofendido ou oprimido. Esse deveria ser um momento para seguir em frente coletivamente, com o conhecimento de que como pessoas Negras nós todos fomos oprimidos por racismo sistemático e é hora de uma mudança.

Foi apenas quando eu cheguei aos Estados Unidos que eu percebi que eu era Negra. Não que eu não fosse Negra antes, mas sendo de Cabo Verde a nossa identidade racial não era o foco de discussões diárias como acontece nos Estados Unidos. Eu passei os meus anos de ensino médio em uma escola exclusiva para meninas, privada e predominantemente branca, onde aprendemos sobre norte-americanos Negros selecionados, mas não de uma forma que focasse as histórias na negritude da vida diária, experimentando alegria e tristeza. Eu também não me identificava porque as minhas experiências em Cabo Verde não eram centradas numa história de escravidão. Mais tarde eu entenderia que, apesar das experiências não terem sido as mesmas, Cabo-Verdianos também suportaram um passado colonial enraizado em racismo e discriminação socioeconômica nas mãos do estado Português. Não esqueçamos da seca e fome dos anos ’40, durante a qual metade da população cabo-Verdiana morreu, enquanto os colonizadores portugueses não fizeram nada para ajudar.

Graças à minha educação numa universidade historicamente Negra e interações pessoais, eu entendo o que significa ser Negro nesse país e, de maneira geral, posso identificar racismo e discriminação quando os vejo. Eu lembro-me de um incidente que aconteceu quando eu acompanhei a minha mãe numa consulta médica na clínica da comunidade local. A minha mãe estava tentando explicar ao médico, um homem branco, que ela não tomou nenhum dos remédios que ele tinha previamente receitado, porque ela teve fortes efeitos colaterais. Porque ela não se sentia completamente confortável falando inglês, eu era a intérprete de minha mãe, algo com que muitos filhos de imigrantes podem se relacionar. Quando eu expliquei isso ao médico, ele ficou visivelmente irritado e disse, “se ela não for seguir minhas ordens e não tomar os remédios então isso não vai funcionar.” A minha mãe ficou chateada e sentiu-se envergonhada como se ela tivesse feito algo errado ao exercer seu direito de pedir por um melhor tratamento de saúde. Nós saímos da sala em direção à entrada, mas eu voltei porque eu senti que precisava de falar pela minha mãe. Eu disse ao médico o quão rude ele tinha sido com a minha mãe, que ela sabe o que seu corpo e a sua saúde precisam e que ele deveria se esforçar para melhorar os seus modos se ele planejasse ser médico em comunidades de imigrantes de cor. Daquele momento em diante, as minhas irmãs e eu nos comprometemos em acompanhar os nossos pais nas suas consultas medicas, porque entendemos que a qualquer momento eles seriam discriminados somente a base da sua origem étnica e habilidades linguísticas limitadas no inglês. Conforme você lê isso, pense sobre as formas como você ou um membro de sua família pode se relacionar com esses tipos de incidentes de racismo e discriminação. Quantas vezes você sentiu “algum tipo” de sensação num consultório médico ou em uma reunião de pais e professores porque as pessoas brancas estavam irritadas com você ou a sua família por causa do seu sotaque? Quantas vezes as pessoas brancas olharam para sua comida cabo-verdiana com nojo ou disse para você abaixar o volume da sua música cabo-Verdiana alta? Você ou sua família puderam reconhecer esses ou momentos semelhantes como racismo?

Por causa dessas experiências eu decidi que a minha vida e carreira seriam centradas no trabalho por justiça social para comunidades Africanas Negras, especialmente mulheres e meninas. De forma alguma estou compartilhando a minha história educacional para me gabar sobre quanto estudo eu tenho. Eu a menciono para provar o ponto de que o sistema educacional nos Estados Unidos está falhando com os nossos alunos, independentemente de cor, ao não os ensinar sobre as realidades da história e das experiências Negras desde cedo em suas jornadas acadêmicas. Para além do Mês da História Negra, apresentando poucas figuras conhecidas como Rosa Parks e Martin Luther King Jr., os sistemas educacionais negam as nossas crianças o seu direito alienável de uma educação diversificada. Temos o direito de ser ensinados sobre o verdadeiro impacto da escravidão na sociedade em geral e nas vidas Negras, em especial, para ter uma noção completa do clima racial de hoje.

Eu aprendi a realidade de ser Negra nos Estados Unidos. Africanos foram tirados das suas terras, mesmo de Cabo Verde, empilhados em navios como animais e trazidos para os Estados Unidos, Brasil e as Caraíbas. Eles suportaram mais de 400 anos de escravidão. Eles trabalharam em plantações nas regiões do sul dos Estados Unidos, do nascer ao pôr do sol, sem nenhum pagamento como posses de donos de escravos. No norte, eles trabalharam nas indústrias têxteis, assim como os Cabo-Verdianos o fizeram durante o período industrial, vivendo em condições deploráveis. As mulheres tinham filhos, que eram comprados e vendidos como bens. Africanos escravizados eram espancados e assassinados. Eles eram propriedade. Mesmo depois do fim da escravidão, ainda haviam leis que preveniam que os Negros norte-americanos fossem livres, possuíssem propriedade e votassem. Haviam organizações como o Ku Klux Klan que aterrorizavam pessoas Negras queimando suas casas, linchando-os e espancando-os até a morte. Alguns dos membros do KKK eram parte da força policial e políticos eleitos. Em 2020, o KKK ainda está em operação nas ruas deste país e endossou a presidência de Donald Trump. Isso é importante para entender porquê a comunidade Negra não confia nas instituições policiais.

150 anos após a abolição da escravidão, Negros norte-americanos ainda vivenciam racismo sistemático. Quando eu digo racismo sistemático, estou a falar especificamente de práticas discriminatórias por parte de instituições sociais e políticas com base na raça ou cor de pele de alguém. Os fatos demonstram que há diferenças significativas entre brancos e Negros nos Estados Unidos, ao acessar educação, propriedade de casa, riqueza geracional, saúde, emprego, justiça no sistema criminal, habitação e poder político. Na verdade, a diferença de riqueza entre brancos e Negros não muda desde os anos ’60, a era do Movimento dos Direitos Civis, negros tem uma probabilidade 2.5 vezes maior de serem parados e presos por um policia do que brancos e, mesmo depois de obter educação superior, Negros recebem 3 vezes menos dinheiro do que brancos. Mesmo durante esta pandemia, os Negros foram impactados pelo Covid19 a taxas mais altas do que brancos, devido à falta de acesso a um sistema de saúde adequado. Não podemos dizer, “se as pessoas negras não cometessem crimes” ou “se as pessoas negras fossem mais trabalhadoras ou estudassem mais, eles também conseguiriam chegar lá.” Os fatos acima mostram-nos que algo maior e mais sistêmico está a acontecer e deve terminar.

A comunidade Negra norte-americana tem o direito de estar com raiva. O mesmo sistema que existia desde o período da escravidão ainda existe hoje e continua a sustentar barreiras para o avanço das pessoas negras neste país. As instituições policiais ainda discriminam os cidadãos Negros. A diferença é que o avanço da tecnologia e das mídias sociais tornou possível que cada cidadão documentasse eventos e rapidamente compartilhasse informações, tais como os assassinatos de George Floyd, Breonna Taylor, Ahmaud Arbery, Sandra Bland e centenas de outros. Como muitos disseram, as coisas não estão a piorar, elas estão a ser filmadas.

Quando vemos as pessoas nas ruas a protestar, destruindo e saqueando lojas, gostaria que pensássemos criticamente sobre essa história ao longo de 400 anos de trabalho gratuito para construir esse país e a violência contra a comunidade Negra por um sistema controlado por brancos. Um sistema econômico que foi legalmente organizado para usar pessoas Negras como propriedade e, mais tarde, preveniu que comunidades Negras tivessem propriedades e famílias de se tornar financeiramente estáveis, às vezes as levando-as a atividades econômicas ilegais para a sua sobrevivência. A destruição de propriedade e os saques que você vê nas ruas não são um ato aleatório. Isso é feito intencionalmente para protestar contra um sistema econômico que usou o trabalho Negro gratuito para construir riqueza para os brancos e deixou a comunidade Negra em condições de desamparo até hoje. Aos olhos da comunidade Negra, aquela propriedade não pertence à comunidade Negra. Mesmo para empresas possuídas por Negros, eles provavelmente estão a pagar mais caro aos bancos em taxas de juros do que os brancos em contrapartida, pelos empréstimos empresariais que receberam. De maneira alguma estou a pedir que você destrua ou saqueie propriedades. Contudo, quando você vir pessoas Negras protestando, destruindo e saqueando propriedades, por favor, tente entender que estas ações não nascem por acaso e que há diferentes formas de protestar com as quais podemos ou não concordar.

A comunidade Negra nos Estados Unidos não quer mais receber ordens do que fazer. Muitos de nós, orgulhosos de sermos Negros e Cabo-Verdianos, fomos às ruas com os nossos irmãos e irmãs, exigindo justiça e um fim ao racismo sistemático e à supremacia branca nos Estados Unidos e no mundo. A hora é agora para nós todos sermos “os bons imigrantes” e cimentarmo-nos no lado correto da história.

Quais São Alguns Passos Que Podemos Tomar Para Ser Melhor?

1. Responsabilizar o governo cabo-verdiano para se engajar ativamente com líderes de comunidades Negras nos Estados Unidos, para formar parcerias para o investimento e desenvolvimento em vez de sempre se voltar para a Europa para pedir “ajuda”. Negros norte-americanos querem investir em negócios e visitar países Africanos para participar do turismo histórico/cultural. Eles têm ido a Gana e Senegal, etc. Eles deveriam estar a ir a Cabo Verde também e gastando o seu dinheiro lá.

2. Podemos nos educar individualmente sobre a história dos Negros nos Estados Unidos da perspectiva Negra e sobre a história de colonialismo e racismo sistemático de Cabo Verde. Nessa história, você encontrará semelhanças e solidariedade.

3. Entender a diferença entre racismo sistemático e preconceito. Pessoas Negras e pessoas de cor não podem ser racistas. Racismo é baseado no poder e na habilidade de impactar a vida de alguém de uma maneira que os previna de ter acesso a recursos sociais, políticos e econômicos. Negros podem ter preconceito contra outros grupos, mas nós nunca tivemos poder suficiente para impactar o acesso a recursos de nenhuma comunidade.

4. Ser um imigrante “bom” ou “modelo”, que sempre trabalha muito e fica longe de problemas não o prevenirá de experimentar racismo e discriminação. Só porque você pensa que não vivenciou racismo não significa que não aconteceu com você e que não acontece com os outros. Racismo sistemático não se trata de experiências individuais de discriminação, mas de barreiras institucionais que previnem pessoas Negras, como um grupo, de acessar todos os seus direitos na sociedade.

5. Vidas Negras Importam (Black Lives Matter) não significa que outras vidas não importam. Esse movimento exige especificamente que as pessoas Negras tenham acesso igualitário a direitos políticos, sociais e econômicos como os brancos e outros grupos.

6. Não se trata do seu amigo que é um polícia branco, bom e gentil. Trata-se de instituições policiais em geral e as suas práticas racistas. O seu amigo policia branco deveria querer reformar o sistema que discrimina contra Negros. Se não, ele também faz parte do problema.

 Confira o artigo original aqui 

[1] Termo pejorativo para uma pessoa de descendência africana.

Artigos em Português

 Ta-Nehisi Coates: https://piaui.folha.uol.com.br/colaborador/ta-nehisi-coates/

 As Raizes Negra Da Liberdade por Nikole H. Jones

https://www.revistaserrote.com.br/2020/03/as-raizes-negras-da-liberdade-por-nikole-hannah-jones/

 A Quarentena Interminavel do Racismo por Brandi T. Summers

https://www.revistaserrote.com.br/2020/05/a-quarentena-interminavel-do-racismo-por-brandi-t-summers/

 A Face Animal da Brutalidade Racista por Helio Menezes

https://www.revistaserrote.com.br/2020/06/a-face-animal-da-brutalidade-racista-por-helio-menezes/

 Links da Quarentena Um Manifesto de Spike Lee e o Debate Sobre Racismo

https://www.revistaserrote.com.br/2020/06/links-da-quarentena-um-manifesto-de-spike-lee-e-o-debate-sobre-racismo/

Livros e Artigos Sobre Cabo-Verdianos e a História de Cabo Verde

 The Cape Verde Islands: from Slavery to Modern Times by Elisa Andrade

D’Nos Manera: Gender, Collective Identity and Leadership in the Cape Verdean Community In the United States by Terza Lima-Neves, https://vc.bridgew.edu/jcvs/vol1/iss1/6/

 Free Men Name Themselves by Aminah Fernandes Pilgrim, https://vc.bridgew.edu/jcvs/vol1/iss1/8/

Between Race and Ethnicity: Cape Verdean American Immigrants, 1860-1965 by Marylin Halter

 Filmes sobre a comunidade negra nos EUA (Alguns com traducao em Portugues) https://www.zinnedproject.org/materials/two-thumbs-up/

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Redação