Depois de 50 anos de independência, o que o Povo precisa não são promessas ocas, mas barcos com condições dignas, camarotes com camas, WCs privativos e um mínimo de respeito pela sua humanidade onde, se alguém tiver de vomitar, seja apenas porque se esqueceu do comprimido milagreiro, e não por degradação pura. O Povo merece mais. Não merece vir enfiado num barco manco, aconchegado apenas pelo saquinho de plástico colorido entregue à entrada.
Excelentíssimo Senhor Presidente, diante da dor profunda que nos assolou com a perda irreparável da nossa filha, poderíamos, legitimamente, recolher-nos no silêncio do sofrimento. No entanto, escolhemos transformar essa dor em voz e em apelo coletivo, por acreditarmos, com firmeza e esperança, que é possível mudar esta realidade. Acreditamos que a saúde na ilha do Maio pode e deve tornar-se um verdadeiro exemplo de inclusão, dignidade e progresso. Confiamos que esta carta aberta será recebida com a atenção que a gravidade da situação exige e que dela advirão ações concretas e...
A agência governamental norte-americana Millennium Challenge Corporation (MCA), que apoia projectos de desenvolvimento sobretudo em países africanos, incluindo lusófonos, sofrerá "reduções significativas" no número de funcionários e programas, projetadas pelo departamento de Elon Musk, segundo vários media.
Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.
Mas sejamos francos: terá o país sequer condições para acolher emigração estrangeira? Temos hospitais suficientes, escolas capazes, políticas de integração, e habitação digna? Ou vamos apenas empilhar seres humanos em bairros clandestinos, onde a miséria é mais fácil de ignorar? Não é só incoerente, como é indecente! É urgente que perguntemos: a quem serve esta política? Quem lucra com este “intercâmbio de misérias”? E sobretudo, quem nos defende de quem nos governa?
O problema não é apenas a pobreza ou a influência estrangeira. Está mais perto de nós: nos lares partidos, nas feridas emocionais não tratadas, e na passividade das instituições. A ciência confirma isso. Winnicott e Siegel mostram como a ausência de vínculos afetivos seguros, sobretudo da figura paterna simbólica, compromete o amadurecimento emocional e moral. O “thuglife”, longe de ser um ato consciente de resistência, é, muitas vezes, uma expressão confusa de carência afetiva e cognitiva.
Um grupo de empresários da Boa Vista apresentou esta quinta-feira, 17, na Procuradoria da ilha, um pedido de impugnação eleição do novo presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento (SDTIBM), alegando “irregularidades e má gestão”.