Um grupo de antigos pupilos de Fulgêncio Tavares, conhecido como Anu Nobu, promoveu hoje uma homenagem ao músico, instrumentista e poeta, como forma de perpetuar o seu nome na história da música cabo-verdiana.
A atriz Cleo Diára foi distinguida com o prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes, pela sua interpretação em "O Riso e a Faca", a mais recente longa-metragem do realizador português Pedro Pinho.
O problema nem é a direita, essa já se sabe que vê Cabral como entre parêntesis da história, justo o seguimento que mais tem feito e dignificado o Amílcar Cabral. O problema é mesmo a esquerda cabo-verdiana que se diz herdeira do homem e o trata como se fosse logotipo de campanha, mascote de congresso, ou biografia de bolso para agitadores de redes sociais que não leram uma linha do que ele escreveu. A esquerda que se diz cabralista, mas cala. Cala-se quando deviam berrar. Cala-se por estratégia, por medo de parecerem desatualizados, ou pior, porque se habituaram a usufruir da imagem...
A problemática do saneamento na capital do país continua a ser “um dos grandes desafios” da administração do presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho.
Acredito que o futuro da língua cabo-verdiana na escola depende menos de confrontos e mais de investigação partilhada, sensibilidade cultural e maturidade institucional. Por isso, reafirmo: a proposta de escrita pandialetal deve ser retirada do manual, pois constitui uma tentativa de padronização. Já existe um instrumento oficial — o Alfabeto Cabo-verdiano, flexível e representativo. Que o aperfeiçoemos juntos — sem atalhos, sem imposições, sem máscaras — se, de fato, a proposta das autoras visava ser apenas uma nova forma de escrita. Não sei como, mas a experimentação —...
Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.
Não é por acaso que vários quadros competentes da República se esquivam de expor ao pleito das disputas políticas em Cabo Verde, porque esse terreno tem-se tornando tóxico, de baixo nível de debates na diferença, intolerante para com os novos brilhos de estrelas que em cada disputa se despontam no horizonte das constelações crioulas, tornando a nossa democracia cada dia mais desprovida do sal da diferença e, por conseguinte, mais preocupante e menos pluralista, abrindo brechas para espaços do populismo fora da arena dos princípios de valores e participação consciente que o voto...