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Presidente da Plataforma das ONGs quer Rede Parlamentar para Economia Social e Solidária
Sociedade

Presidente da Plataforma das ONGs quer Rede Parlamentar para Economia Social e Solidária

O presidente do Conselho Directivo da Plataforma das Organizações Não Governamentais (ONG), Jacinto Santos, lançou esta quinta-feira, 7, o repto de se criar no Parlamento cabo-verdiano a Rede dos Deputados para a Economia Social e Solidária (ESS).

O presidente da Plataforma das ONG falava na abertura do seminário sobre políticas “Públicas de Desenvolvimento da Economia Social e Solidária (ESS)”, organizado pela plataforma para sensibilizar os deputados nacionais, eleitos municipais, dirigentes da administração pública, associativos, sindicais e autarcas para a necessidade de se integrar o contributo das organizações da economia social e solidária nas políticas públicas de desenvolvimento.

“Um dia o nosso sonho é de ver criada no Paramento cabo-verdiano a rede dos deputados para a Economia Social e Solidária que já existe no plano internacional e assim como outras várias redes que o nosso parlamento vem criando”, disse em jeito de repto Jacinto Santos para quem a perspectiva actual da Economia Social e Solidária em Cabo Verde choca com a ideia que se tem do passado, que se tratava de “uma coisa para os pobrezinhos”.

Conforme explicou, a Economia Social e Solidária (ESS) não se limita apenas às questões sociais, da solidariedade e do altruísmo, mas sobretudo que na sua componente social ela seja entendida como ferramenta para criar postos de trabalho, empregos bem remunerados, e principalmente que coloquem produtos e serviços no mercado de uma forma competitiva.

É que, prosseguiu Jacinto Santos, a sustentabilidade das organizações que se dedicam à ESS, depende da capacidade de governança, por um lado, mas também da sua capacidade de colocar no mercado produtos e serviços competitivos.

“Este que é o mote, o garante da sustentabilidade dessas organizações para que não fiquem de mãos estendidas nem relação ao Estado” sustentou.

A seu ver, as organizações que são de caris social que fazem um trabalho de complemento na área dos cuidados e protecção das crianças e de pessoas com deficiência e que não têm liberdade económica directa “é justificável” que o Estado lhes proporcione recursos para “o desempenho da sua missão social”.

Por outro lado, defendeu que as que trabalham no âmbito produtivo têm de ser concebidas como empresas e, como tal, “têm que ser rentáveis financeiramente, sustentáveis economicamente e têm que ser perenes do ponto de vista de organização”.

O seminário sobre políticas “Públicas de Desenvolvimento da Economia Social e Solidária (ESS) acontece até o dia 9 de Março com a participação de entidades nacionais, eleitos locais, da ONG OGBL de Luxemburgo e outras organizações estrangeiras.

A Plataforma das ONG fará nos próximos dias um seminário semelhante na ilha de São Vicente, direccionado para deputados nacionais, eleitos locais, dirigentes da administração pública, associativos e sindicais da região de Barlavento.

Com Inforpress

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