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MpD. "Governo do PAICV tem grandes responsabilidade na deterioração do Índice Mo Ibrahim 2017"
Política

MpD. "Governo do PAICV tem grandes responsabilidade na deterioração do Índice Mo Ibrahim 2017"

“Governo anterior tem grandes responsabilidades na deterioração do Índice Mo Ibrahim 2017”. Foi assim que o secretário-geral adjunto do Movimento para a Democracia (MpD), Carlos Monteiro, começou a conferência de imprensa que convocou para reagir ao relatório da Mo Ibrahim index of african governance, publicada recentemente para reportar aos dados do ano 2016.

Neste relatório, Cabo Verde teve a pontuação de 72,2 em 100, ao contrário do anterior que obteve 73 pontos, perdendo uma posição, ou seja, passou de 3ª para 4ª posição, fazendo com que o país junte ao grupo de “Sinal de Alerta”, enquanto a Botswana passou e 2ª para 3ª posição, as Seychelles saltou de 4ª para 2ª posição e as Maurícias continuou a ocupar a 1ª posição.

“Há que trabalhar para melhorar este quadro, sendo, porém, que o panorama da degradação, é ainda da responsabilidade da anterior governação”, disse ele.

Para o secretário-geral do partido que sustenta o governo, foi com “muita estupefação” que se assistiu às declarações da líder da oposição, Janira Hopffer Almada, “avaliar” o relatório Mo Ibrahim 2017 e a dizer que “a deterioração de Cabo Verde na avaliação do Índice de Ibrahim não constitui motivo de grande estranheza, tendo em conta que vem acompanhando a postura do atual governo no que tange á governação do país”.

Do seu ponto de vista, a presidente do PAICV, eventualmente por causa de “muita ansiedade em sempre querer colar o atual governo a eventuais situações menos positivas para o país, MpD, demonstrou que na pressa, sequer deu-se ao trabalho de ler o relatório e verificar que a avaliação que é feita é ao período da governação anterior”.

Carlos Monteiro considerou que com a “ânsia”, não teve em conta de que o relatório 2017, refere-se aos dados coletados até dezembro 2016, o que inclui 4 meses de governação do PAICV mais os 8 meses de governação do MpD.

“O relatório é relativo ao famoso ano atípico de 2016. Nesta confusão, deliberada ou não, diga-se de passagem, a mesma tenta passar uma perceção de que o relatório avalia os 19 meses de governação do MpD, sendo que na realidade, o documento, apenas avalia os 8 meses finais de 2016, relativo à governação do MpD”, declarou.

Neste sentido, pergunta se a governação do MpD “veio deteriorar ou veio travar a deterioração dos indicadores que poderiam ser bem piores caso o MpD não tivesse tornado governo”, salientando que é sempre “lamentável qualquer avaliação que coloca o país menos bem do que estava, o que é fator de preocupação”.

No entender do MpD, a postura de Janira Hopffer Almada tem-se tornado já a “imagem de marca” da oposição que tem sempre tem tentado criar a perceção de um ambiente de “perseguição e corrupção” no país, que sem outros argumentos, é o “único recurso” que tem usado, sem esquecer que a mesma tem “grandes responsabilidades pessoais na avaliação menos conseguida” relativamente a 2016.

Carlos Monteiro apelou à oposição e às suas lideranças no sentido da “ponderação e da serenidade”, abstendo-se de avaliações “precipitas e infundadas”, sobretudo em matérias relacionadas com a “confiança e credibilidade” externa no país, já que são temas que merecem “cuidados e amplos consensos nacionais”.

A posição no Índice Mo Ibrahim, é para Carlos Monteiro, uma situação que deriva dos últimos 5 anos em que o país tem registado uma variação negativa no índice de “Segurança e Estado de Direito” (-0.50), de “Participação e Direitos Humanos” (-0.70) e de “Desenvolvimento Humano” (-0.08).

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Redação