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REGIONALIZAÇÃO. ESSÊNCIA, STATUS QUO E WHISKY FINO
Colunista

REGIONALIZAÇÃO. ESSÊNCIA, STATUS QUO E WHISKY FINO

Perante o desafio da Regionalização em debate público, é de se reconhecer a grande demonstração de coragem, desprendimento e sensatez da líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, e de muitos outros que defendem um processo que possa ir para além das aparências e da fumaça dos dias.

Afastando-se das narrativas políticas demagógicas, e não se deixando contaminar por incongruências, a Presidente do PAICV, apresenta-se, entre muitos, de forma destemida para defender um projecto do partido que seja útil para o futuro de Cabo Verde e dos cabo-verdianos, para além da instalação acomodatícia de mais uma estrutura de poder forjado em pseudos consensos de bastidores.

Na arena pública, uma proposta do PAICV sobre a regionalização que busca eficiência, num compromisso da defesa da razoabilidade e da racionalidade dos processos, como parte de uma ampla reforma do Estado, e que integra muitas das preocupações que a população tem vindo a proclamar, consubstanciada entre outros aspectos, na diminuição do número de deputados na Assembleia Nacional.

No sentido contrário, o MPD apresenta uma proposta desinteressante, ligeira e avulsa, sem qualquer laivo de credibilidade, não considerando a questão como um todo, juntando apenas ao que já existe, uma outra estrutura, para criar novas bases e vicios de poder, aumentando as despesas dos cofres do Estado e satisfazer interesses dos boys.

A ser validado o caminho da regionalziação, é preciso coragem para ir mais além. Coragem que exige grandes homens e mulheres, verdadeiros estadistas com senso da responsabilidade e de proporções, lutando por convicções e valores, com coragem de colocar Cabo Verde e seu futuro acima de tudo e de todos. Coragem para empunhar a bandeira de um projecto de transformação administrativo, territorial e social que busca introduzir um estilo novo na nossa administração, que seja útil para o desenvolvimento do território e capaz de proporcionar maior dignidade à população e não alimentar clientelismos políticos, interesses partidários ou pessoais de caciques, acompanhado de whisky fino.

“À exemplaridade e grande exigência de um projecto político como a REGIONALIZAÇÃO só poderá associar-se políticos de ainda maior exemplaridade e exigência comportamental e política, para que os tais designios sejam prosseguidos de forma exemplar.”

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SOBRE O AUTOR

Carlos Tavares