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Primeiro-ministro da Itália estará hoje no funeral do cabo-verdiano assassinado em Roma
Sociedade

Primeiro-ministro da Itália estará hoje no funeral do cabo-verdiano assassinado em Roma

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, vai estar presente este sábado, 12, no funeral de Willy Monteiro Duarte, o jovem cabo-verdiano de 21 anos, assassinado violentamente no passado fim de semana nos arredores de Roma.

O funderal vai decorrer em Paliano, cidade onde a vítima vivia com os pais e a irmã, Milena. Milhares pessoas, incluindo o embaixador cabo-verdiano em Itália, participaram quarta-feira à noite numa manifestação em Paliano, pedindo justiça pela morte de Willy.

O jovem nascido em Roma é filho de emigrantes cabo-verdianos a residir há 30 anos na Itália. Há pouco tempo, o jovem tinha interrompido o sonho de se tornar futebolista e um dia representar a AS Roma, tendo enveredado por uma formação no ramo hoteleiro e trabalhava como ajudante de cozinha num hotel de Artena.

O clube do treinador português Paulo Fonseca prestou homenagem ao malogrado "tiffoso" numa partida de pré-temporada jogada terça-feira diante do Frosinone, oferecendo à irmã de Willy uma camisola autografada por todo o plantel. Na passada quinta-feira, a AS Roma decidiu dedicar a Willy Monteiro Duarte a presente temporada do projeto "A Escola de Tifo", numa iniciativa para reforçar a promoção do respeito mútuo e a tolerância, depois de nos últimos dois anos ter usado esta inicativa para promover a luta contra o "bullying" e o "ciberbullying".

O crime aconteceu na noite de sábado para domingo, junto a um estabelecimento noturno de Colleferro, nos arredores de Roma. De acordo com algumas testemunhas, Willy terá tentado apaziguar uma rixa e acabou sendo brutalmente agredido até à morte. Quatro homens, com idades entre os 23 e os 26 anos, foram detidos. Pelo menos dois dos suspeitos, os irmãos Bianchi (na foto), têm antecedentes de violência, mas ambos declararm-se inocentes na morte de Willy Monteiro Duarte.

As autoridades prosseguem a investigação ao caso e esperam ouvir mais testemunhas do sucedido. Este crime veio acentuar o debate em torno do racismo em Itália. Pelas redes sociais, o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, manifestou-se indignado e revoltado, desejando que "a justiça se faça de modo ajustado à natureza e dimensão do caso".

Com Euronews

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Redação