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Erros nas provas nacionais de matemática. PAICV pede responsabilização da ministra
Sociedade

Erros nas provas nacionais de matemática. PAICV pede responsabilização da ministra

Depois dos polémicos manuais de matemática, agora foram detectados erros na grelha de correção para as provas nacionais de língua portuguesa e matemática do 12º ano que começaram este mês. O caso já chegou ao Parlamento.

O PAICV pediu ontem, no Parlamento, a responsabilização da ministra da Educação "pelos erros detectados nas provas nacionais de língua portuguesa e matemática realizadas no início de Junho”.

A denúncia foi feita pelo deputado tambarina, José Sanches, que considerou esta situação "um escândalo”, porque, avançou, “durante todo o ano lectivo tem se detectado uma série de peripécias e incoerências no sistema educativo, sobretudo no processo de avaliação”.

“No final do ano lectivo, foram realizadas provas nacionais de língua portuguesa e matemática para os alunos 12º ano de escolaridade sendo que a grelha de correção é enviada às escolas secundárias no mesmo dia. Nesse mesmo dia, os professores detectaram erros nas provas elaboradas por uma equipa da Direcção Nacional de Educação”, revelou o deputado sublinhando que as provas aconteceram no início do mês de Junho.

Conforme realçou o deputado José Sanches, trata-se de mais um escândalo a nível nacional que afecta o sistema educativo nacional, “situação essa que o Governo quer normalizar e fingir que não entendeu”.

De acordo com o deputado, a situação é mais grave ainda, uma vez que os professores que detectaram e corrigiram os erros estão com medo de sofrer represálias por parte do Ministério da Educação.

Na ocasião, José Sanches apelou aos professores no sentido de continuarem a fazer o seu trabalho com afinco e esforço, mas sublinhou que é necessário que a equipa da Direcção Nacional de Educação “seja responsabiliza pelos seus actos”.

“A culpa não pode morrer solteira, desde que este Governo assumiu o poder, sobretudo no sector da educação a culpa tem ficado sempre do lado dos mais fracos. Para o PAICV já é tempo de o Governo tirar as consequências ter uma ministra que não consegue tutelar a sua pasta em toda sua dimensão, porque a culpa não pode ser assacada apenas à Direcção Nacional de Educação”, constatou o deputado, referindo que a ministra da educação Maritza Rosabal deve ser responsabilizada politicamente.

No seu entender, a responsabilidade é do Governo e do Ministério da Educação que permitiu a sua equipa nacional enviar provas e grelhas de correcção com erros, e disse esperar que o grupo parlamentar do MpD tome uma posição crítica sobre esta questão e os culpados responsabilizados.

Da parte do Governo, o ministro do Estado, Fernando Elísio Freire disse que o deputado do PAICV “está a tentar tirar o proveito político desta situação”, justificando que em todos os países do mundo há falhas e grelhas nas provas e que a correcção é feita nos momentos adequados.

“As provas com erros e que estavam no terreno foram detectadas e imediatamente os professores deixaram de a utilizar, o que quer dizer que o sistema funcionou e bem”, considerou o governante.

Para Fernando Elísio Freire, o PAICV continua com a sua saga de não reconhecimento, e não admite que todos os pendentes do Ministério da Educação foram resolvidos com a regularização da dívida por não redução da carga horária dos professores, dignificação salarial das cozinheiras nas cantinas escolares, recrutamento de professores, universalização do acesso ao pré-escolar, “ganhos esses inquestionáveis e que são a marca da educação neste momento”.

Segundo o ministro, a questão trazida aqui pelo deputado como a única marca da educação como um grande escândalo, não passa de uma gralha como acontecem em qual quer parte do mundo onde o sistema funcionar.

Para o governante, o importante é que o sistema funcionou bem e em tempo adequado, e desafiou o deputado a explicar como é que teve acesso a essas provas.

Com Inforpress

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