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Laboratório quer produzir metade dos medicamentos consumidos em Cabo Verde com nova fábrica
Sociedade

Laboratório quer produzir metade dos medicamentos consumidos em Cabo Verde com nova fábrica

Os laboratórios Inpharma estimam produzir metade dos medicamentos consumidos em Cabo Verde após a construção de uma nova unidade fabril, num investimento de seis milhões de euros para também apostar na internacionalização, previu esta semana fonte da empresa.

A projeção foi feita à imprensa pela diretora geral da Inpharma, Elizete Mascarenhas Lima, no âmbito do lançamento da primeira pedra para a construção da nova unidade fabril da empresa luso cabo-verdiana, numa área de 3.700 metros quadrados, na zona industrial de Tira Chapéu, cidade da Praia.

Segundo a responsável, a Inpharma produz 35% dos medicamentos consumidos em Cabo Verde, mas assim que a nova fábrica estiver pronta, o que deverá acontecer no segundo semestre de 2020, a empresa poderá produzir 50% dos medicamentos consumidos no país.

A diretora-geral indicou que a Inpharma produz neste momento 85 medicamentos diferentes e 74 moléculas e que com a nova fábrica a empresa vai aumentar a sua capacidade de produção em quatro vezes, pretendendo também começar a produzir outros produtos.

Com maior capacidade de produção, Elizete Lima afirmou que outro grande objetivo da Inpharma é a criação de novos postos de trabalho e apostar na internacionalização.

"Com a dimensão do mercado cabo-verdiano, esta capacidade será, com certeza, para dar resposta além-fronteiras. Em primeiro lugar os países vizinhos da região (África Ocidental), a CPLP, os PALOP e, porque não, a Europa", reforçou a diretora geral, que não descartou a possibilidade de a Inpharma começar também a produzir antirretrovirais.

A nova unidade fabril, que foi lançada no dia que a Inpharma comemora 25 anos, é um investimento de seis milhões de euros, financiado pelos acionistas, que são o Estado, através da Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (Emprofac), e outras empresas cabo-verdianas.

A primeira pedra foi lançada pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, que destacou a Inpharma como um "caso de sucesso" no mercado cabo-verdiano, que conseguiu vingar-se por "competências e capacidades próprias".

O chefe do Governo cabo-verdiano salientou que a empresa conseguiu criar um mercado de competitividade para redução da importação de medicamentos e tem uma "base sólida" que hoje permite entrar em novos mercados, particularmente em África.

O ato contou com a presença do secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Eurico Brilhante Dias, que terminou hoje uma visita de dois dias a Cabo Verde.

Com Lusa

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Redação