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O dueto “improvável”
Ponto de Vista

O dueto “improvável”

Os líderes Norte-americano Donald Trump e o Norte-coreano Kin Jong-un, estão prestes a fazer história, no encontro previsto para dia 12 de Junho de 2018, em Singapura.

Após mais de seis décadas de mais profunda e explícita hostilidade por parte dos dois países do extremo norte do hemisfério, e pós eleição Trump 45º presidente em 2016 e aos 70 anos de idade (presidente mais velho a ser eleito nos EUA), o discurso agravou. Pois a eleição do mais novel presidente dos EUA, teria de ir de encontro com as expectativas dos mais radicais e conservadores estados-unidenses (promessa de campanha). Aliás deu sinais, mudando a embaixada do seu país para Jerusalém, um dossiê altamente sensível que nenhum outro presidente tivera coragem de mudar.

Trump sai de forma unilateral do acordo de Paris (acordo sobre clima), numa perspectiva de encostar os outros estados contratantes conta parede. Pois segundo ele os Estados Unidos gastam muito e ainda assim são hostilizadas.

De igual modo nos últimos tempos, vimos Trump a chamar de homem-bomba ao líder Norte-coreano, ameaçando varrer o território norte-coreano do mapa, numa troca de mimos que na minha perspectiva, não era nada mais do que markting político.

Quanto ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, nascido a 8 de Janeiro de 1983, que assumiu o posto de presidente do país, após a morte do pai Kim Jong-Il, filho do eterno líder, Kim Il-Sung, construtor com mão de ferro na nação separada da outra Coreia, após a violenta guerra das coreias, nada mais fez senão testar a cada dia as suas bombas ostentando o poderio nuclear, da Coreia do Norte, a única coisa capaz de travar uma possível invasão dos EUA e consequentemente queda das autoridades locais. De mesmo modo faz graves ameaças aos Estados Unidos, dizendo que as suas bombas atingem os EUA.

Este líder faz história, indo ao encontro do presidente da Coreia do Sul, e apertaram as mãos e plantaram uma árvore em sinal de aproximação dos povos que afinal, eram um só. De mesmo modo nos jogos de inverno a as Coreias em gesto de amizade, desfilaram juntas, dando um sinal positivo e muito significativo.

Após muitas negociações e afirmar dos compromisso para o encontro de Singapura, país asiático com território muito menor que Cabo Verde, mas com o PIB enorme. Trump unilateralmente surpreende, dizendo que não há mais encontro, atitude típica do líder estadunense, deixando os nossos sonhos de saber dos resultados da cimeira suspensa e sem resposta.

Afinal não passou de mais um mais uma das suas, do ilustre presidente dos Estados Unidos, que afinal deu costas, antes do término, a cimeira dos países mais industrializados do mundo (G7), a decorrer no Canadá, para deslocar a Singapura e encontrar com Kim Jong-un. Coisa também feita por este, que dois dias antes já estava na Singapura. 

Que perspectiva e resultados desta cimeira EUA - Coreia do Norte

Desde a muitos anos os EUA vem impondo sanções económicas contra Corea do Norte, sendo as mais recentes no mês de Janeiro anunciou cerca de dezasseis sanções contra pessoas e navios da Coreia do Norte, e o mais recente e em Fevereiro cerca de cinquenta sanções contra este país, deixando o país em situação delicada, e que tem o único aliado na região o povo chinês e a Rússia. As perdas e prejuízos económicos para a Coreia são sem dúvida, incalculáveis.

No seu discurso Trump diz ter boas perspectivas para o encontro. Afirmando que as coisas vão correr bem! 

Enquanto jovem, cidadão do mundo, de origem cabo-verdiana, que cresceu seguindo as hostilidades e ameaças reais entre as duas nações auguro que encontrem o caminho da paz e da boa relação (teoria idealista), tanto quanto for possível, e assim trazendo o sossego e a tranquilidade mundial. Esperando que Teerão, Moscovo, Jerusalém e outros mais adoptem o mesmo caminho.

Será que vão cantar o mesmo (hino) da paz, política, económica e financeira?

E as bombas nucleares como ficam?

Aguardemos os resultados!

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Redação