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Santa Cruz e a confiança no futuro
Ponto de Vista

Santa Cruz e a confiança no futuro

Os últimos indicadores do mercado de trabalho divulgados pelo INE mostram que Santa Cruz acusa uma taxa de desemprego de 5,8% em 2017, uma redução acentuada em relação ao ano de 2016, que era de 12,4%. Isto equivale dizer que em 2017 a taxa de desemprego desceu cerca de 53% em relação ao ano de 2016 no nosso concelho.

Tendo em conta que estes mesmos indicadores dão conta de uma taxa de desemprego a nível nacional de 12,2%, temos que Santa Cruz posiciona-se cerca de 6 pontos percentuais abaixo da taxa nacional.

Este mesmo estudo dá conta de uma taxa de subemprego de 29,9%, representando uma redução de cerca de 9 pontos percentuais em relação ano de 2016, que era de 39,1%. Assim, temos que houve uma redução da taxa de subemprego em 23,5% no nosso concelho.

Estes números conferem um certo conforto ao nosso concelho e alavancam a nossa confiança no futuro, na medida em que traduzem o prenúncio da materialização dos sonhos e anseios de um dos concelhos mais ricos de Santiago, do ponto de vista das potencialidades naturais, geográficas e ambientais.

E porque falamos de confiança no futuro? Primeiro porque, estes indicadores vieram contrariar todas as expectativas e crenças sobre o nosso concelho, tido sempre como um dos mais pobres do arquipélago.

Segundo, porque estes números não são obras do acaso. Não! São frutos de uma visão e de um profundo trabalho que vem sendo desenvolvido pela Câmara Municipal, liderada por Carlos Alberto Silva, tendo como pano de fundo o combate à pobreza, sobretudo a pobreza mental, a promoção da auto estima local e o despertar do espirito empreendedor no seio dos filhos do nosso concelho.

Com efeito, a Câmara Municipal de Santa Cruz tem desenvolvido um importante trabalho no sentido de identificar, cadastrar e monitorar as riquezas e potencialidades do concelho, apresentando-as aos munícipes, e ao país no seu todo, para lhes mostrar as oportunidades que o nosso concelho tem e que podem ser convertidas em fonte de rendimento e de criação de emprego, para gerar riquezas e promover a competitividade.

Santa Cruz está a viver uma nova era – a era da confiança, da verdade e do trabalho. Nenhum santa-cruzense deve aceitar que o nosso concelho é dos mais pobres de Cabo Verde. Este falso credo, que nos foi imposto desde que este país se conhece, precisa ser erradicado das nossas mentes para sempre.

Na verdade, o nosso concelho já começou a julgar-se e a apreciar-se a si mesmo, num exercício de autoconhecimento e de identificação das suas potencialidades, forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, para se autovalorizar e empreender novos caminhos rumo ao futuro.

Neste sentido, é de todo oportuno registar aqui, não só o grande trabalho de partilha de visão e projectos que a Câmara Municipal tem feito no seio da comunidade, mas também dizer que, juntamente com o Governo, ela está apostada em desenvolver um conjunto de acções que colocarão o nosso concelho no centro do processo de desenvolvimento da região norte de Santiago e de Cabo Verde em geral.

A construção da Estrada da Ribeira dos Picos, diga-se de passagem, a maior bacia hidrográfica do país, já anunciada pelo Governo, inscreve-se nesta visão, onde constam programas como a reativação da empresa agro-industrial, Justino Lopes, a construção de um porto comercial e de pesca em Pedra Badejo, o desencravamento de comunidades agrícolas, como São Cristóvão, Ribeirão Almaço, Ribeirão Boi, Serelho e Rebelo, a criação de uma Escola de Formação Agrícola, a mobilização de mais água, entre outros projectos complementares como a reabilitação urbana e ambiental e o desenvolvimento do turismo, comércio e pescas.

Porque, a visão do nosso concelho é albergar, num futuro próximo, o Hub do Agronegócio em Cabo Verde, começando como centro logístico e abastecedor de produtos agrícolas e animais em Santiago Norte.

É o que está sendo proposto pelo actual Presidente da Câmara Municipal do nosso concelho, Carlos Alberto Silva.

E faz todo o sentido. Temos experiência, temos capacidade e temos uma grande vontade de fazer. Estamos, pois, mobilizados.

Os indicadores acima referidos mostram exatamente este engajamento colectivo e convidam-nos a ousar mais, a investir mais, a sonhar mais.

Por isso, mãos à obra! O momento é agora. Estamos no bom caminho.

DC

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SOBRE O AUTOR

Domingos Cardoso

Editor, jornalista, cronista, colunista de Santiago Magazine