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PM defende que infraestruturação das zonas rurais é o maior desafio para a sustentabilidade
Política

PM defende que infraestruturação das zonas rurais é o maior desafio para a sustentabilidade

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, apontou hoje a construção de infraestruturas básicas e o desenvolvimento de oportunidades nas zonas rurais e cidades não capitais, como principais desafios para a construção sustentável de um país.

O chefe do executivo indicou essa solução quando dissertava no último dia de trabalhos do IV Fórum Mundial de Desenvolvimento Económico Local (FMDEL), sobre o tema “Construindo cidades sustentáveis para investimentos, trabalho decente, serviços e crescimento inclusivo”.

Segundo disse, “Como presidente da camara municipal enfrentei várias situações e tive oportunidade, numa cidade como Praia, com desafios enormes por ser a capital que concentra 51% da contribuição para a riqueza nacional e que acolhe 27% da população do país, de por em ação alguns projectos nesse sentido”, lembrou.

Conforme referiu ainda, a inclusão foi o trabalho que teve em 2008, quando dirigiu a Cidade da Praia, para que os bairros tivessem oportunidade de oferecer uma boa inclusão social, habitacional e económica para que os cidadãos pudessem sentir inseridos.

O desfaio nessa época foi o de tornar a cidade atractiva, visando mexer com a forma como as pessoas viam a sua cidade para que a convivência fosse mais positiva, indicou.

“Em certa medida conseguimos, mas precisamos ainda de cidades que tenham capacidade de se conectar com o mundo para poderem atrair investimentos, turismo, tecnologia e inovação, aumentando a sua riqueza e produzindo rendimento para as famílias”, frisou.

A nível territorial, indicou que o desfaio é igual a de muitas cidades africanas, ou seja, da macrocefalia das cidades que crescem a um ritmo e a um volume superior a capacidade de respostas das infraestruturas e dos serviços.

Lembrou ainda que o país tem procurado reduzir as assimetrias para que as cidades tronassem em espaços onde as pessoas pudessem sentir bem e atrair visitantes e atividades económicas.

“Politicamente devemos criar mais espaços para actores locais, com políticas consistentes e não apenas virados para os sítios políticos, visando em 2030 ter os desenvolvimentos sustentáveis no país”, afirmou.

Por sua vez, a ex-autarca de Santo Antão, Vera Almeida falou de experiências bem-sucedidas na implementação de projectos que visavam planos sustentáveis para o município do Paul.

O desfaio nessa matéria, indicou, passa também pelo empoderamento da sociedade civil, para que ela possa cobrir a implementação das políticas públicas que ajudam as suas cidades a serem sustentáveis para investimentos, trabalho decente, serviços e crescimento inclusivo.

Nesse painel intervieram também o ministro para o Território e Habitação do Uganda, governador de Abidjan, prefeito de Sucre, diretor executivo ECREEE/ECOWAS e ministro dos Negócios Estrangeiros das Maldivas.

O IV Fórum Mundial de Desenvolvimento Económico (FMDEL), que decorreu no Estádio Nacional, na Cidade da Praia, foi encerrado hoje.

Participaram no evento mais de 2000 delegados oriundos de mais de 80 países, abrangendo todos os continentes e contou com mais de 190 oradores, repartidos em mais de 50 sessões (sessão plenária, diálogos políticos, painel interactivo, sessão de aprendizagem), onde foram debatidos assuntos ligados ao DEL, no quadro dos ODS.

Com Inforpress

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