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JHA na Alemanha. Temos de nos reinventar para vencer
Política

JHA na Alemanha. Temos de nos reinventar para vencer

Nesta missão de 4 dias, Janira Hopffer Almada faz-se acompanhar de Nuías Silva e Vera Almeida, tendo na carteira contactos com várias entidades e personalidades, na perspetiva de discutir os desafios e os interesses de Cabo Verde, porque, como ela mesma escreveu na sua página do facebook, “temos de nos reinventar, nesses novos tempos, para vencer”.

A delegação do maior partido da oposição pretende desenvolver uma ofensiva política num país que mantem relações antigas com Cabo Verde, desde a independência, tendo reunido já com as Deputadas Gabi Weber, porta-voz da Cooperação Económica e Desenvolvimento do SPD, e Ute Vogt, membro da Mesa e da Presidência do SPD, e também com o secretário-geral da Fundação Friedrich Ebert, Roland Schmidt, nos primeiros 3 dias da visita.

Num mundo cada dia mais globalizado, o diálogo político, a cooperação, as parcerias, aparecem como prioridades no quadro da formatação de estratégias de posicionamento político e governativo de todos quanto gravitam à volta da política e do processo governativo em todas as latitudes, mormente em países insulares e com parcos recursos como Cabo Verde.

Aliás, a este propósito, Janira Hopffer Almada escreveu o seguinte: “escolhemos Cabo Verde e, por isso mesmo, assumimos as nossas responsabilidades, seja na governação, seja na oposição”, acrescentando acreditar “que Cabo Verde precisa explorar novas oportunidades, construindo um país que sirva melhor os cabo-verdianos e estabelecendo, claramente, as suas prioridades”.

Com efeito, observa Janira Hopffer Almada, a graduação de Cabo Verde a País de Rendimento Médio, trouxe como consequência o facto de deixarmos de poder contar com a ajuda para o desenvolvimento, o que torna um pouco mais espinhoso o caminho que ainda é necessário percorrer, para satisfazer as suas ambições.

“Apesar dos avanços, ainda temos um caminho a percorrer e um país a construir, na medida da ambição e das expectativas das nossas gentes. Por isso, também, continuamos, todos, a ter o dever de dar a nossa contribuição na mobilização de parcerias para o desenvolvimento, garantindo o envolvimento do sector privado nacional e os impactos na melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos, com os olhos postos na resolução dos desafios prioritários do país”, propõe a líder dos tambarinas, que elege os transportes marítimos e o agronegócio como prioridades máximas.

Neste sentido, a presidente do PAICV argumenta que se “trata, nada mais, nada menos, de garantir a coesão territorial, apoiar a mobilidade interna e diversificar o nosso mercado turístico”, questionando a concordando que o país “tem condições de mobilizar investimento estrangeiro privado, apoiado por fundos e iniciativas públicos, para, em parceria com os nacionais, dotar as ilhas de uma resposta eficiente, capaz e que seja sustentável, sem sobrecarregar os cidadãos”.

Na mesma esteira, questiona a reafirma que o país “tem condições de, em parceria, otimizar as infraestruturações feitas para garantir a produção agrícola em quantidade suficiente e o seu escoamento para as unidades hoteleiras, num país que já recebe cerca de 750 mil turistas por ano”

Para Janira Hopffer Almada, há oportunidades espalhadas pelo mundo que, enquanto país, Cabo Verde tem de poder aproveitar, ultrapassando barreiras, como sempre se fez por cá, desde a independência.

E esta missão do PAICV à Alemanha pretende exatamente isso, ou seja, estudar as oportunidades e as parcerias que poderão catapultar o país para novos patamares, e novos horizontes.

“E é isso que estou a fazer na Alemanha. Conhecendo os fundos e perspetivas existentes, para ver as possibilidades que Cabo Verde teria de, a eles, aceder. Estou a conhecer programas e projectos de quem tem know-how e capital, e pode ajudar Cabo Verde a resolver o seu "eterno" problema de logística, pela via de parcerias que envolvam o empresariado nacional”, informa a líder da oposição, elegendo os conhecimentos a iniciativa dos empresários nacionais e a posição geoestratégica do país como ativos importantes neste processo.

“Os nossos empresários conhecem o "mercado" e têm a iniciativa, aliada à vontade de querer fazer mais. Há outros que têm capital e precisam explorar outras oportunidades. E Cabo Verde tem uma grande mais-valia, que é a sua posição geoestratégica que, aliada à sua estabilidade, pode ser uma extraordinária "contrapartida", para os países que colocaram as temáticas das migrações e da segurança na nossa sub-região nas suas agendas”, observa, dizendo que “isso, devidamente "combinado" e estrategicamente "negociado", tem de resultar em ganhos para o país e para os cabo-verdianos”.

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Redação