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Cabo Verde apoia São Tomé a adoptar modelo centralizado da Polícia
Política

Cabo Verde apoia São Tomé a adoptar modelo centralizado da Polícia

Um acordo assinado hoje entre São Tomé e Príncipe e Cabo Verde vai permitir a formação da polícia são-tomense conforme o modelo centralizado da polícia cabo-verdiana, “um grande passo” para a cooperação bilateral, segundo o governo de São Tomé.

O acordo foi assinado na Cidade da Praia, na ilha de Santiago, durante a visita a Cabo Verde do ministro da Defesa e Administração Interna de São Tomé e Príncipe, Arlindo Ramos, que hoje visitou as instalações do Serviço Nacional de proteção Civil e Bombeiros e o Centro de Comando e Controlo Operacional da Polícia Nacional.

No final da assinatura do acordo, o ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, disse aos jornalistas que são várias as áreas abrangidas no documento, nomeadamente matérias como a imigração e fronteiras, a organização da polícia nacional e a proteção civil.

“Assinámos um acordo de cooperação que visa o relançamento da cooperação em matéria de segurança e o reforço das boas relações existentes entre Cabo Verde e São Tomé em matéria de segurança interna”, disse o ministro Paulo Rocha.

Segundo o ministro cabo-verdiano, o acordo prevê “uma comissão de acompanhamento que, juntamente com os técnicos, aprofundarão todas as áreas” do interesse dos dois países.

“Formação, cooperação e troca de informações em matéria de criminalidade transfronteiriça, de controlo da documentação ou de reforço da segurança rodoviária” são algumas das áreas abrangidas pelo acordo.

Segundo Paulo Rocha, este reforço da cooperação incidirá ainda em matérias como “documentos, fronteiras e trocas de informação entre pessoas que circulam entre os dois países” e também “formação em matéria de polícia nacional, partilha de experiências relativamente a modelos dos dois países, matérias ligadas à prevenção civil, prevenção de riscos, gestão desde catástrofes, resiliência”.

Para o ministro são-tomense, este acordo tem “um grande significado” para o seu país, nomeadamente “tendo em conta a experiência de Cabo Verde em matéria de organização da polícia nacional”.

“Podemos ver com Cabo Verde a forma como está organizada a sua polícia e outros assuntos relacionados com a segurança interna”, disse Arlindo Ramos, classificando o acordo de “um grande passo para São Tomé”.

Neste país, especificou, existe uma “polícia dispersa”, sem uma centralização. Pelo contrário, a organização cabo-verdiana engloba todos os polícias e é a experiência da polícia em Cabo Verde que São Tomé pretende agora conhecer e se for possível replicar.

Em São Tomé existem cerca de 600 agentes policiais, disse o ministro são-tomense.

Arlindo Ramos iniciou terça-feira uma visita a Cabo Verde que termina na sexta-feira com a sua participação na cerimónia de encerramento do Simpósio Africa Endeavor 18, que decorre na ilha do Sal.

Com Lusa

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