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Última hora. Militares invadem Parlamento e câmara municipal de Bissau
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Última hora. Militares invadem Parlamento e câmara municipal de Bissau

Umaro Sissoco Embaló inicia nova fase para consolidar assalto ao poder e garante que Nuno Nabian vai tomar posse como primeiro-ministro este domingo.

Pode ser o segundo acto do assalto ao poder iniciado na noite de ontem, sexta-feira. Segundo informações relatadas no Twitter pelo auto-proclamado presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló, os militares invadiram esta noite de sábado, 29, as instituições do governo de Bissau. O jornal Público acrescenta que o Parlamento e a câmara municipal de Bissau foram invadidas e que se prevê um assalto à casa de Aristides Gomes, o primeiro-ministro que Sissoco Embaló exonerou.

No Twitter, Sissoco Embaló, cuja vitória nas eleições não é reconhecida pelo Supremo Tribunal de Justiça, diz ainda que Nuno Nabian, por ele nomeado primeiro-ministro, vai tomar posse este domingo, e que os restantes ministros irão tomar posse esta segunda-feira. Nabian, também primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, indigitou Sissoco Embaló como Presidente na quinta-feira, de forma “simbólica”, numa cerimónia realizada num hotel da capital guineense, qualificada como “golpe de Estado” pelo Governo guineense.

“Todos os ministros estarão no cargo na segunda-feira de manhã. Atualmente, os militares de Bissau estão a ocupar os ministérios”, disse fonte próxima do processo ao Top News, citado por Sissoco Embaló no Twitter.

 Considerando o gesto como um “golpe”, o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, do PAIGC, tomou posse como Presidente interino, com base no artigo da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado ascenda à presidência quando esta fica vaga – o que aconteceu com a saída de José Mário Vaz. Mas o auto-proclamado Presidente não tem o mesmo entendimento, considerando que não houve “golpe de Estado” nenhum. Foi aí que se instalou o caos institucional na Guiné-Bissau, havendo agora dois presidentes e dois primeiros-ministros.
 

Na sexta-feira à noite, militares guineenses já tinham invadido as estações de rádio e da televisão públicas e ordenado a suspensão das emissões.

Com Observador

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Redação