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Máfia de terrenos ensombra inauguração de obras*
Ponto de Vista

Máfia de terrenos ensombra inauguração de obras*

De algum tempo para cá, tenho acompanhado com muita atenção a novela dos terrenos da CMP, sempre dando o beneficio da dúvida á CMP, mas nunca pensei que a minha família na pessoa da minha mãe Fatima Leonor Fernandes Barbosa Rodrigues Nunes mais conhecida por Fatinha seria arrastada para essa novela. 

Há algumas semanas a minha mãe foi alertada de que o terreno na zona do Palmarejo, a qual pagava o aforamento desde 1988 estava a ser cercado. Deslocando-se ao dito terreno não foi possível determinar quem estaria a executar essa acção. 

Contactados os balcões da CMP e solicitando a planta do dia por aconselhamento de um funcionario foi lhe informada de que o terreno teria sido vendido em junho ou Julho de 2019, ao grupo Khym Negoce.

Em março de 2019 tinha sido pago o aforamento referente a esse ano e 3 ou 4 meses depois do mesmo ano o terreno é vendido.

Apesar de decorridos anos e de segundo informações ter saído uma deliberação, se o trabalho da CMP fosse sério e não havendo essa máfia de terrenos que vem de há muito e os próprios da Camara têm consciência disso, ela deveria ser avisada e em momento algum deveriam receber o aforamento.

Da planta do dia ainda o seu nome consta no sistema.

Foram efectuados vários contactos com a CMP no intuito de saber o porquê dessa expropriação ilegal e numa das reuniões foi dito que a CMP tem procedido a expropriação ilegal de terrenos a favor do grupo Khym Negoce, simplesmente porque o grupo Khym Negoce tem maior poderio financeiro. 

Não querendo estar em cima da lei e não querendo tirar dividendos essa mesma CMP há 11 anos desde o tempo do Dr.Ulisses Correia e Silva pediu encarecidamente á minha mãe que colaborasse gratuitamente no processo de seleção e atribuição de vagas de estudantes para o ensino superior, no exterior tendo sido a única docente que até a presente data continua a colaborar com a CMP. 

Sem saber do facto ocorrido a minha mãe ainda este ano juntamente com 2 técnicas da CMP trabalhou quase 200 processos de seleção de estudantes para Castelo Branco e Bragança. 

Em novembro foi convidada por esta mesma Câmara para fazer parte da equipa de selecção para os candidatos de casa para todos.
Só não participou , por ter viajado para visitar a mãe nos Estados Unidos.

O processo de terrenos tem sido tão “transparente”, que na referência cadastral, surgem dois nomes como proprietarios do terreno, o da minha mãe primeiro e do grupo Khym Negoce em segundo. A construção decorre com tanta “legalidade” que até ainda não tiveram coragem de colocar a placa informativa do lado de fora.

Até os vereadores não tendo coragem de contradizerem questionam a situação.

Sabemos que existem outro casos idênticos e que um foi resolvido imediatamente dado que a pessoa em causa pode comprometer a CMP.

A minha mãe encontrou-se com o PCMP e está à espera da resolução .

A Camara Municipal de Óscar Santos, está se escudando no trabalho de urbanismo que tem feito, para cometer actos de ilegalidades com contornos de corrupção.

Demos entrada com o processo de embargo da obra nas instâncias judiciais porque receberam o aforamento e faremos desse processo a luta das nossas vidas, recorrendo a todas as entidades, inclusive estrangeiras denunciando esse acto de expropriação ilegal de terrenos, com contornos de corrupção em detrimento do grupo Khym Negoce.

Ainda mais acrescentamos:
- a construção não tinha sido feita devido a alguns constrangimentos e prioridade ao estudo dos filhos, mas nunca foi intenção abandonar o referido terreno;
- por outro lado a CMP não pode dizer que alguém não construiu porque não tem dinheiro porque essa instituição também não tem dinheiro a pronto e neste momento tem dívidas com particulares e pede para que se lhe faça construções mesmo devendo a alguém ;
- deveria ter sensatez e nobreza de função, não sendo cego unicamente para dinheiro e não sendo desavergonhado e sem carácter para com uma pessoa que prontamente colabora com a CMP .

A pouca vergonha e insensatez é tanta que depois deste episódio a minha mãe foi chamada para assinar o relatório final da selecção dos estudantes de Bragança, o que obviamente recusou. 
“O mundo não é dos espertos, é das pessoas honestas e verdadeiras.” - Autor desconhecido

*Artigo publicado pelo autor no facebook

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Redação