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JMN desmente Paulino Dias
Ponto de Vista

JMN desmente Paulino Dias

Em cinco pontos, José Maria Neves reage ao texto publicado pelo economista Paulino Dias publicado na sua página do facebook - e respescado a seguir por Santiagiago Magazine - rejeitando as acusações feitas contra a sua pessoa e sugerindo ao empresário de Santo Antão a não "adjectivar pejorativamente aqueles pensam diferente". Leia o post de JMN na íntegra aqui:

"Boa Tarde, Doutor

1. Como já deve ter reparado não tenho por hábito responder aos seus posts e comentários sobre a minha pessoa, já porque por razões éticas não costumo comentar decisões políticas do meu Governo, já porque o seu saber é tão vasto, vai da aeronáutica à agricultura, e eu não consigo, desculpe-me esta confissão singela das minhas insuficiências, abranger tão significativas áreas do saber.

Também escuso-me a reagir aos “mimos” que me dirige, de quando em vez. Sabe é que às vezes acabamos por projetar nos outros os nossos próprios defeitos e frustações.

2. Quanto a esta última carta e mimos, devo, todavia, dar-lhe os seguintes esclarecimentos, se mos permite.

2.1. Não me lembro de, em 2001, ter recebido qualquer carta sua sobre a propriedade de Xôxô. Se ma entregou em mãos, tê-la-ei encaminhado às entidades competentes para análise, decisão ou parecer, como sempre decidi em situações idênticas.

2.2. Lembro-me do encontro que tive em Ribeira Grande com o Padre Ima, então Pároco da Freguesia, que me apresentou um projeto social para os jovens da Ilha de Santo Antão. Considerei o projeto interessante e, chegado à Praia, enviei o dossier aos Ministérios competentes para análise e parecer. Na sequência do processo instruído, o Conselho de Ministros decidiu ceder a título precário à Igreja Católica aquela já referida propriedade para a implementação do projeto.

2.3. Mais tarde, lembro-me de ter visto posts seus a criticar a decisão do Governo e a mim diretamente. Lembro-me também de formal e informalmente termos conversado sobre esta e outras matérias, já que tivemos, na altura, vários encontros, pois era Presidente da Associação de Jovens Empresários de Cabo Verde. Sempre lhe disse que o terreno tinha sido cedido a título precário à Igreja Católica, e que não tinha razões na altura para desfazer a medida. Em nenhum momento lhe pedi para ir negociar com a Igreja esta questão.

4. Se quiser convidar-me um café pode fazê-lo agora. Sabe não costumo misturar as coisas. Sinceramente, não entendi o que é que a minha eventual candidatura presidencial tem a ver com este assunto.

5. Respeito muito as suas doutas opiniões sobre a governança, as políticas públicas e o desenvolvimento das ilhas e do país, embora discorde de muitas delas, o que é legítimo em democracia. Mas só um pedido para terminar: nestas questões ninguém é dono da verdade. Há uma pluralidade de soluções e de caminhos para o desenvolvimento de Santo Antão e das outras ilhas. Não adjetive pejorativamente aqueles que pensam diferente de si. É que muitos poderão não ter a mesma contenção que estou tendo neste post e chamar-lhe os mesmos nomes ou outros piores".

Artigo publicado originalmente na página de Facebook do autor (nesta tarde 25 de Julho)Artigo publicado originalmente na página de Facebook do autor (nesta tarde 25 de Julho)

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Redação