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FMI aprova primeira revisão do programa de apoio a Cabo Verde
Economia

FMI aprova primeira revisão do programa de apoio a Cabo Verde

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje, 30, que aprovou a primeira revisão do programa de apoio político a Cabo Verde, salientando que todas as metas foram alcançadas e que o desempenho do país “foi forte”. Mas ressalva que o impacto do Covid-19 na economia global vai ter um efeito adverso no PIB cabo-verdiano este ano.

“O desempenho de Cabo Verde, ao abrigo do Instrumento de Coordenação de Políticas, foi forte”, lê-se na nota de imprensa que acompanha a divulgação da decisão, que ainda não abrange as alterações decorrentes da pandemia da covid-19.

“O impacto da pandemia na economia global e nos fluxos de turismo vai ter um efeito adverso na economia de Cabo Verde em 2020, sendo necessária uma resposta política e um apoio coordenado dos parceiros de desenvolvimento”, escreve o FMI.

O programa de apoio político foi aprovado pelo Fundo em 15 de julho do ano passado, e teve como objetivo apoiar as autoridades cabo-verdianas a reformarem a economia, nomeadamente reestruturando as empresas públicas, colocando a dívida pública numa trajetória de sustentabilidade e melhorando a moldura da política monetária e continuando a acumular reservas.

“O desempenho ao abrigo do programa tem sido forte; todas as metas foram cumpridas, com algumas medidas colocadas em prática antes do calendário; e no final de setembro do ano passado as metas quantitativas foram todas cumpridas, com exceção do limite de receitas fiscais, falhando por uma escassa margem devido a impostos mais baixos que o previsto no comércio internacional”, lê-se no comunicado que acompanha o anúncio da decisão sobre a primeira fase do programa.

O desempenho económico, acrescenta o FMI, foi também “impressionante”, com um crescimento económico robusto de 6% até setembro de 2019, e com uma estimativa de 5,5% para o resto do ano, havendo vários resultados positivos nas finanças públicas que, “em conjunto com o crescimento robusto, fizeram o rácio da dívida pública face ao PIB descer de 125,9% em 2017 para uns estimados 123% no final de 2019”.

Para este ano, “as perspetivas económicas são ensombradas pelo esperado impacto da covid-19”, que vão afetar o turismo, o investimento direto estrangeiro e as remessas, mas o FMI conclui que, ainda assim, “as perspetivas a médio prazo continuam positivas, embora os riscos pendam para o negativo”.

Com Lusa

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Redação