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Linguista congratula-se com “abertura e sensibilidade” do novo Presidente da República para oficialização do crioulo
Cultura

Linguista congratula-se com “abertura e sensibilidade” do novo Presidente da República para oficialização do crioulo

A linguista Ana Karina Moreira congratulou-se  hoje,  na Cidade da Praia,   com a  “abertura e sensibilidade” do novo Presidente da República, José Maria Neves, “no combate” para a oficialização do crioulo.

Na terça-feira, 09, no seu discurso de posse, que intitulou de “Ousemos!”, José Maria Neves prometeu estar “na linha da frente do combate” para a oficialização do crioulo, com base em todas as variantes, “por serem as marcas da sua riqueza e força como língua”.

“Estamos satisfeitos por saber que o mais Alto Magistrado da Nação tem sensibilidade e abertura, que vai na linha do que os linguistas estão a fazer para a valorização da nossa língua materna”, notou Ana Karina Moreira, em declarações à Inforpress.

Segundo a professora da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV)  esta posição do Presidente da República demonstra também que o mesmo está a responder a um apelo dos defensores da oficialização do crioulo.

No entanto, Ana Karina Moreira  avançou  que os linguistas, “sabendo desta abertura”, vão contribuir   para a materialização dessa intenção, lembrando que somente o alfabeto Alupec foi institucionalizado, mas “sem o uso obrigatório”.

“A nossa luta é que o crioulo seja oficializado e reconhecida a sua importância científica e cultural, o que depende essencialmente de políticos”, indicou a linguista.   

O Governo da IX Legislatura conferiu ao Crioulo/Língua Cabo-verdiana (LCV) o estatuto de Património Cultural Imaterial Nacional, em Julho de 2019.

José Maria Neves, 61 anos, foi eleito Presidente da República na primeira volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 17 de Outubro, com 95.974 votos, o equivalente a 51,75% do total dos votos.

O antigo primeiro-ministro (2001-2016) tornou-se assim no quinto Presidente da República de Cabo Verde depois de Aristides Pereira (1975 a 1991), de António Mascarenhas Monteiro (1991 a 2001), de Pedro Pires (2001 a 2011) e de Jorge Carlos Fonseca (2011-2021).

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