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Eleições autárquicas 2020. Sentido do voto em Santiago
Colunista

Eleições autárquicas 2020. Sentido do voto em Santiago

Em Santiago, já estamos de acordo que o nosso voto nestas autárquicas vai para o candidato que:

- Contribuir para estruturar nas nossas cidades com programas de habitação social que, nos próximos anos, minimize de fundo as necessidades nesse domínio, destacando para a Praia, a implementação dos 4 bairros financiados pela China, disponibilização da parte social de casas para todos, a construção / apoio pela CMP de dezenas unidades/ano e uma ampla campanha de reabilitação das habitações vulneráveis, contribuindo para o reordenamento, estética urbana e melhoria das condições habitacionais do mais pobres;

- Ajude a estancar a prática de alguns anos atrás, de centralizar e equipar uma ilha só para o desenvolvimento da economia marítima num país de várias regiões com enormes potencialidades mas com absoluta carência de condições infraestruturais (complexos de pescas - com serviços de reparação das embarcações, frio, acostagem e mercado de pescado -, marinas, cais comerciais e terminais de carga e passageiros de cabotagem marítima), instituições (direções regionais de administração marítima, das pescas e da economia marítima, administração autónoma de portos …) e de formação (não de programinhas de formação profissional mas sim uma verdadeira escola do mar para todo sotavento para formação de marítimos, pessoal de pescas, gestão costeira, gestão de oceanos …), nas região sul e Santiago em particular. A mais recente revolta tem a ver com instituições com bairristas a trazer aquacultura só para suas ilhas quando um estudo chinês indica a ilha Santiago com as melhores condições para o desenvolvimento da aquacultura (se há dúvidas informem junto do atual diretor geral das pescas, o amigo Martins, um dos dirigentes mais capacitados hoje no setor)!

- Contribua com programas que favoreçam cotas adequadas de parques e espaços verdes e equipamentos urbanos/sociais de conforto de cidadãos em todas as cidades);

- Estruture as condições de turismo em locais como Cidade Velha, por exemplo, onde há muito se propõe qualificação/estruturação de roteiros, infrastruturas de acessibilidade/roteiro, como por exemplo a ponte entre as margens da Rua Calhau/São Brás, uma estrada para roteiro a carros a cavalo para penetrar no vale de cidade velha até Aguas Verdes, acessos civilizados de Salineiro e Calbiceira para o vale da Cidade Velha onde estão os meios de subsistência das gentes dessas regiões. Em São Francisco ligar as duas praias de mar com uma estrutura de acesso. Melhorar os pisos e acessos ás ribeiras mais vislumbrantes de Santa Cruz, Calheta....

- Promove a reabilitação das orlas marítimas e melhorias de intervenção na Ribeira da Barca (falta passeio marítimo de ponta a ponta, desembarcadouros e complexos de pescas), Porto Mosquito (toda a orla marítima, reabilitação do centro social de pescas e desembarcadouro e relocalização do farol), Rincon (reabilitação de toda a baixa/orla marítima e estruturação de uma oficina de construção/reparação de embarcações a laborar em condições rudimentares sem quaisquer apoios ) e corrigir o ordenamento da Gamboa excluindo hotéis e qualificando-a para espaços de desporto internacional (campo internacional de futebol de Praia á frente da ELECTRA), manutenção do festival e pequenas esplanadas e estruturas de apoio ao desporto e lazer náutico e a marina. Mais nada! Hotéis e lojas francas atrás da avenida marginal, é claro!

Para Tarrafal e Santa Cruz, trabalhar com o governo, para as marinas e portos mistos (comercial e de pescas);

- Promover a drenagem das vias, encostas das cidades. Na Praia contribuir para e construção da barragem da trindade, que com diques e outros arranjos á montante, promoverão a segurança em relação ás inundações e a agricultura na cintura da Praia e folgaria a ribeira entre Paiol e Fazenda, para construção acima, de mercados municipais, da estação de transporte interurbanos, de praças verdes de conforto etc;

- Concomitantemente com as infraestruturas e embelezamentos das cidades, espera-se que se estruture ofertas de cultura, música, culinária e lazer, destacando a edificação na Praia de um complexo de cultura e lazer no espaço sucupira – parque 5 de julho, composto por uma estrutura central de concertos e academia de música e teatro, outras de artesanato e design e uma outra para oficinas de dança. Conjuntamente com enormes espaços verdes e de estacionamento, e, com o parque de diversão já existente, será um orgulho do governante e dos praienses termos finalmente um espaço de referência central para a capital do país! Esse espaço seria complementado com o ao longo da Avenida Cidade de Lisboa com fontanas, assentos, verdes, e iluminação ornamental de contexto com as fontanas, á noite;

- A par do programa de habitação social, para a pacificação da cidade versus inclusão social, há que finalmente, com colaboração com o governo (boa parte dos programas devem contar com isso), potenciar o emprego (nas cidades de Santiago, tem a taxa mais alta do país), implementando os parques industriais da Praia e Assomada e Santa Cruz, Centro de Convenções na Praia e Escola do Mar para todo Sotavento. É tempo de implementar os epicentros da plataforma dos tics, agronegócio e praça financeira em Santiago como está sendo feito, com assertividade, com as do setor aéreo e do mar. Podem crer, não há outro caminho por ora! Em suma já não se vota por cá sem esses projetos estruturantes para a região ignorando os programas especiais que, para aqui, não são aprovados pelos decisores! Tanto no turismo, no mar, na indústria como na economia em geral, Santiago tem largas potencialidades, mas como está acontecendo com a nulidade do departamento do «Trade Invest» em atrair para Santiago os anunciados e / ou iniciados investimentos não como avançar por cá!

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Redação