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Cabo Verde orientado para enfrentar a globalização ultraliberal
Colunista

Cabo Verde orientado para enfrentar a globalização ultraliberal

Vivemos novo tempo histórico, tornando Cabo Verde, ator global com referência modesta, geopolítica e também como sujeito activo no concerto mundial de países e como nação politicamente independente, que festejará em 2022 uma vivencia de quarenta e sete anos, um país que se enraizou desde 1991 á democracia e que se abriu e adaptou, ao mundo, com relativa independencia, e talvez por isso também com poucos indícios de indiferença e incompreensão, as nossas iniciativas do dia-a-dia, de todos os tipos dão conta da caracteristica própria deste povo ilhéu em todas as nove ilhas habitadas, uma referencia verdadeiramente humilde e universal, graças á paz social e estabilidade política que vivenciamos.

“… para Bruna & David e que o futuro vos seja risonho …”

Cabo Verde fixa seu objectivo de desenvolvimento, desafiando as novas e contraditórias tendências que ameaçam e ao mesmo tempo oferecem uma tendencia nova de oportunidades às sociedades e culturas modernas com vínculo universalista, nesta epoca dificil para todas as nações do mundo, a todos os titulos: A pandemia Covid -19; A Desregulação Climática: A Globalização Ultraliberal... Mais ainda no nosso caso, urge ainda, efectuar-se o salto qualitativo para a “Descentralização-Regionalização”. Essas tendencias e outras, se complementam e se opõem nesta pequena sociedade arquipelágica essencialmente jovem e nas culturas em todas estas nove ilhas, que estão sensibilizadas e anciosamente voltadas, graças aos resultados alcançados com a política de vacinação contra Covid -19, pelo governo cabo-verdiano, para a chegada da desejada e indispensável “Retoma Economica” e possibilidade de unificação do pequeno mercado económico, com a operacionalidade dos transportes marítimos e aéreos...

O fim da guerra fria, no passado século XX, com a queda do murro de Berlim, desbravou novos caminhos de entendimento, fazendo crer a todos os “bem-intencionados” que o mundo tinha superado conflitos e a revolução tecnológica permetiu a transição imparável para um novo sistema de relacionamento baseado num reequilibrio esperançoso de poderes, entre as nações desenvolvidas e pequenas economias como caso de Cabo Verde...! O nosso país lutou para e conseguiu a obtenção do estatuto da “Parceria Especial com o Espaço Económico Europeu” que se for convinientemente bem explorado, conferirá, ao país o estatuto de fronteira intermediária entre a Europa e a África ocidental oportunidade ideal de confirmação e orientação destas ilhas como sociedade de prestação de serviços e de ligação de trocas comerciais, negócios, serviços e culturais entre o Ocidente Europeu, talvez outros continentes e a África continental...

Cabo Verde tem de estar sempre em alerta, porque as mesmas tecnologias que facilitam o processo de globalização, podem condicionar a ação dos governos de países economicamente mais fragéis fazendo com que se pense que, apesar dos efeitos e ameaças da globalização - homogeneizando culturas, arrasta o planeta para uma economia e comunicação a duas velocidades - há também, espaço para a subversão. Ou seja, é possível recolocar o universal como espaço sociocultural, onde se realimentam as singularidades próprias destas dez ilhas do atlantico médio, em oposição ao espaço de fluxos económicos e financeiros dos países desenvolvidos, que favorece a tendencia para corrupções e muitas vezes, também a “desterritorialização,cultural” e o não-lugar económico e financeiro (o mercado mundial)... Mais claramente Cabo Verde deve agir “culturalmente” para defender em todas as suas relações multi ou bilaterais, o universal como espaço sociocultural em que se realimentam as singularidades (a universalidade dos valores), e não cair na dependencia e supremacia dos países ricos... O pais tem de enfrentar as contradições e objectivos, usando sempre a nossa “cabo-verdianidade cultural” como ferramenta para fortalecer mais ainda o processo de construção da nossa identidade, em diálogo crítico com os acontecimentos mundiais que exigem de nós respostas democráticas, que daremos na medida em que os possamos interpretar e pesar na nossa dupla condição de cidadãos cabo-verdianos e cidadãos do mundo.

Vivemos novo tempo histórico, tornando Cabo Verde, ator global com referência modesta, geopolítica e também como sujeito activo no concerto mundial de países e como nação politicamente independente, que festejará em 2022 uma vivencia de quarenta e sete anos, um país que se enraizou desde 1991 á democracia e que se abriu e adaptou, ao mundo, com relativa independencia, e talvez por isso também com poucos indícios de indiferença e incompreensão, as nossas iniciativas do dia-a-dia, de todos os tipos dão conta da caracteristica própria deste povo ilhéu em todas as nove ilhas habitadas, uma referencia verdadeiramente humilde e universal, graças á paz social e estabilidade política que vivenciamos.

Cabo Verde não tem outra alternativa, senão olhar sempre para frente, instalando mais justiça social de Santo Antão á Brava. A Crise Sanitátia, Económica e Social Global, deve servir para nós arquipelagicos nas ilhas e na Diáspora como exemplo laboratório de extração de conhecimento, para se poder orientar estas dez ilhas e a sua população maioritáriamente jovem para um desenvolvimento modesto, mas harmonioso ao serviço de todos os seus filhos, o que irá nos ajudar para enfatizar o descrédito em que se deu ao ultraliberalismo, uma doutrina que além do econômico introduziu uma estratégia devastadora relativamente aos problemas sociais e sobretudo ambientais graves pondo em perigo o mundo inteiro e sejamos positivos esperando que a cimeira para salvar o planeta da morte activa do meio ambiente e da biodiversidade, incluindo o humano, realizada no Reino Unido, neste mes de Novembro de 2021, sirva para tomada de posição acertada e consciente da comunidade internacional e isto nos diz respeito, porque estamos nós os ilheus já a pagar e de maneira incisiva as facturas dos outros...

“Adira a Vacinação contra Covid -19 e salve Cabo Verde”

miljvdav@gmail.com

 

 

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